Com tantos dispositivos capazes de captar, formatar e reproduzir imagem e som, e até mesmo transformar palavras em texto em apenas alguns segundos, é normal pensarmos na grafia manual como uma forma ultrapassada de comunicação.
Porém, estudos demonstram que essa habilidade é fundamental para o aprendizado da escrita e para o desenvolvimento neuromotor como um todo.
Na infância, toda atividade motora proporciona ampliação nas conexões cerebrais. A grafia manual requer muito mais atenção e habilidade do que digitar em um teclado. Os movimentos da escrita colaboram para o amadurecimento da coordenação fina (mãos e dedos) e da coordenação olho-mão (controle do movimento da mão, guiado pela visão).
Um estudo da Universidade de Indiana, publicado em 2012 pela pesquisadora e professora de Ciências Psicológicas do Cérebro, doutora Karin James, provou, por meio de ressonância magnética, que escrever à mão ativa áreas do cérebro que não estão envolvidas quando se redige no teclado; e isso nos leva à segunda vantagem:
Não é apenas a parte corpórea que se beneficia da escrita manual, a parte cognitiva também se desenvolve. Para a criança escrever à mão, é necessário que a visão e a linguagem tenham sido decodificadas em pensamento e recodificadas pelo meio físico, ou seja, a unção dos processos cognitivos, motores e neuromusculares se transforma em raciocínio e materialização.
Ao escrever à mão, a criança não somente aprende a expressar suas ideias como também aprende a refinar seu pensamento. Esse mesmo estudo revelou que as crianças que não conheciam a caligrafia reagiam às imagens de letras da mesma maneira que reagiam à forma de um triângulo, por exemplo.
A criança que escreve à mão com letra cursiva precisa reconhecer o formato das letras, tamanho e detalhes de suas características para poder representá-las em ordem, isso envolve o processo de memorização, que ativa diversas áreas do cérebro que ajudam na compreensão e retenção. A memória é uma condição primordial ao aprendizado, por isso exercitá-la é fundamental para o desenvolvimento.
Sendo assim, não há motivos para deixar a grafia manual de escanteio. Pelo contrário, escrever à mão treina o corpo e o cérebro e traz benefícios distintos daqueles que são oferecidos pelos métodos digitais.
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